4.3.10
The warehouse bliss
Sou curiosa – não no sentido cusco e pejorativo, mas sim no de gostar de descobrir e aprender coisas – e persistente por natureza, características que ganham vida em vários campos da minha vida profissional e pessoal.
Com tudo o que isso acarreta de bom e de mau vejo-me, de há uns anos para cá, transformada numa verdadeira respigadora de pechinchas e raridades, conseguindo encontrar beleza e utilidade em coisas que já ninguém quer, abandonadas ou esquecidas nos locais mais improváveis.
Paralelamente, tenho um grande fascínio pelos armazéns das lojas, o sítio onde estão guardadas coisas há anos, ou porque já estão "fora de moda" ou porque pura e simplesmente o dono da loja não se apercebeu de que guarda ali verdadeiros tesouros.
Tenho tido muita sorte porque, sem sequer pedir e só porque conversei com a pessoa que me estava a atender, já fui convidada a entrar em vários, onde pude encontrar botões, lãs, linhas, agulhas e tecidos, roupa e, claro, sapatos!
Outra coisa que tem andado a fermentar na minha cabeça, é o facto de como seria uma boa aposta ter uma loja de boas coisas em 2.ª mão. As tão famosas thrift stores são uma excelente alternativa para compras em muitos países no estrangeiro, mas por cá, não sei porquê, são consideradas dispensáveis. Acho que a ideia de comprar alguma coisa usada por alguém ainda faz muita confusão a muito boa gente, e há algumas lojas (poucas) salpicadas pelo país que acabam por fechar por falta de público. É que comprar alguma coisa nessas condições não é humilhante, ao contrário do que muitos pensam, é inteligente: primeiro, porque é mais barato, segundo, porque é uma boa forma de reciclagem de artigos em perfeitas condições de utilização.
Ultimamente, esta loja, apesar de não ser assim tão barata, tem feito as minhas delícias.
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I'm a really curious and persistant person by nature, features that really come to life in several sides of my professional and personal life.
With all the good and bad things that come with that, i've seen myself recently transformed in a bargains and rare finds hunter, managing to find beauty and utility in stuff that nobody wants, abandoned or forgotten in the most unlikely places.
At the same time, i have a great fascination by store's warehouses, the places where great things are stored for years, just because the owner thinks they're old fashioned and didn't realize that what keeps in there are real treasures.
I've been quite lucky because without even asking i've been, more than once, invited to enter in several one's, finding vintage buttons, wool, cotton thread, needles and fabrics, clothes and, of course, shoes!
Lately i've been thinking of what a good idea it'd be to open a good 2nd hand shop.
The so famous thrift sores are an excelent alternative for shopping abroad, but here, go figure, they're considered something minor. I guess that the ideia of buying something previously owned and used by another person is still a difficult subject for many people, and there are some thitft shops sprinkled around the country that end up closing without any costumers.
Which i really don't understand, because buying something like that is not an humiliating thing, instead, it's a very inteligent move: first of all, because it's cheaper, second, because it's an excellent way of recycling articles that are still in perfect shape.
Lately, although it's not that cheap, i've been thrilled by this shop.
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5 comments:
Concordo inteiramente contigo e tenho pensado muito e cada vez mais no assunto.
Sou das que gostaria de ter um negócio na área mas tem medo de arriscar. Costumo reparar na cara de escândalo/dúvida/horror dos meus amigos com as minhas aquisições nas velharias, na Remar ou na feira das trocas. Acredito e espero que pouco a pouco as coisas comecem a mudar.
Hi,
I like your blog and your creations!There are very very beautiful!
I like your style!
bye!
tiziana nidodilana
pois, eu sou uma cliente assídua das thrift stores. consumidora compulsiva até. e também já pensei em ter uma espécie de loja online com alguns dos artigos que encontro e não resisto a trazer para casa.
olá rita!
eu sou uma fã de velharias e peças vintage (se bem que ainda não percebi bem este conceito). cá em casa há alguns belos exemplares de recuperação, alguns deles de família outros comprados por aí. em termos de roupa o cenário por cá é muito, mas mesmo muito pobre, tenho meia dúzia de casacos dos anos 60 que são eternos e sempre os meus preferidos, se bem que o seu estado já não é o melhor. tenho pena de não encontrar por cá nada de muito interessante. no porto, havia a retroparadise que entretanto fechou, era um dos melhores exemplos da cidade em termos de vintage. enfim, não percebo bem as razões do sucesso/insucesso da maioria dos negócios, ou melhor, não percebo muito bem com os hábitos de consumo dos portugueses, de uma forma geral.
como eu gostava de encontrar um casaco de pele bem anos 60 como um que já tive e ofereci a alguém que na altura me era muito especial. ai, ai, eu e o meu coração mole!
Olá Rita.
Umas das minhas camisolas de algodão preferidas veio de uma "charity shop" e custou-me £1. Na semana passada comprei um balde de Lego Duplo por £2.50. A minha filha adorou as novas figurinhas e o pai ficou doido com a nova aquisição. A coleção de livros infantis veio das diversas "summer fair" e "Christmas fair" das escolas e custarm-nos 0.30p cada. Os materiais que uso nos meus trabalhos vêm de "car boot sales", lojas de segunda mão e mercados. E com o dinheiro que se poupa vai-se uma porção de vezes a Portugal ver a família e os amigos que são as pessoas mais importantes do mundo :-)
Gosto muito do seu trabalho.
Ah, e já agora, há alguns meses atrás a minha mãe encontrou uma mala ao pé do caixote do lixo que levou para casa. Lá dentro estavam €280. :-)
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