10.12.08

There's no such thing as good dreams


Hoje sonhei com a tua morte, aliás, com a notícia da tua morte.
Passei a noite e a madrugada às voltas na cama a debater-me para que o cenário mudasse.
Para não permanecer na escuridão e no vazio da vida que se me apresentava sem ti.
Que ridícula, eu.
A tua morte anunciaste-ma tu há muito tempo, voluntariamente, enquanto voltavas à vida noutros braços mais frescos, menos exigentes e desconhecedores do teu enorme ego.
A tua irreversível ausência já se fez anunciar há muito tempo e eu tenho bem presente que apenas te passeias como um zombie no mundo dos vivos onde eu ainda habito.
Quase como numa realidade paralela.
Ou como se fossemos duas rectas que, contrariando a regra, não se cruzarão no infinito.

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